Novos registros para a Bacia do Araripe

4 de janeiro de 2024 - 14:07

Ilustração: João Eudes

Fósseis de aracnídeos são extremamente raros de se encontrar. Ainda assim são bem representados na Bacia do Araripe, que conta com exemplares de aranhas, escorpiões, aranhas-camelo, escorpiões-vinagre, ácaros e amblipígios. O escorpião-vinagre nomeado Mesoproctus rayoli, em homenagem ao procurador Rafael Ribeiro Rayol, que vem desempenhando um papel crucial na repatriação dos fósseis retirados ilegalmente da Bacia do Araripe. O material foi recuperado juntamente com vários outros espécimes fósseis na chamada ‘Operação Santana Raptor’ da Polícia Federal. 

A aranha-camelo foi doada por Carlos Eduardo de Sousa idealizador do “Projeto Força Tarefa” do Bairro Inhumas, Santana do Cariri, o qual conscientiza e estimula as crianças da comunidade em coletar e doar os fósseis ao museu. O trabalho tem grande importância por descrever e registrar espécimes extremamente raros no registro fossilífero e ainda por contribuir com o entendimento do paleoambiente onde esses animais viviam há 110 milhões de anos.

 

A pesquisa foi desenvolvida na URCA por pesquisadores da Universidade Regional do Cariri e do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens e contou com a participação de um aluno de Iniciação Científica do curso de Biologia da URCA. Os resultados fazem parte do Projeto BPI-FUNCAP “Paleoinvertebrados do Mesozoico e Cenozoico do Brasil”, coordenado pelo Pesquisador Visitante Daniel Lima.